Defender a educação pública, gratuita e para todos
Os mandatos no
legislativo ou executivo do PT em Joinville precisam lutar para todo
jovem ter acesso ao conhecimento, da creche à universidade. Para
solucionar o problema educacional da juventude, é preciso investir
dinheiro público na educação pública, com o objetivo de gerar vagas para
todos em todos os níveis. Os mandatos devem combater por esse objetivo.
Dinheiro público para instituições públicas. Os serviços públicos são
conquistas históricas da classe trabalhadora.
Defender a Federalização do Sistema Acafe
Os mandatos
petistas em Joinville devem defender a Federalização de todas as
Instituições de Ensino Superior (IESs) e universidades componentes da
Acafe. Hoje cerca de 70% dos estudantes universitários de Santa Catarina
cursam essas instituições. Elas se mantêm por meio de mensalidades, mas
também recebem dinheiro público. O Estado se utiliza delas, desde 1974,
para aliviar a pressão imediata da falta de vagas para toda a juventude
que quer estudar. Com dívidas crescentes, hoje quem as controla são
oligarquias que, sugando dinheiro público e mensalidades, precarizam
cada vez mais o ensino para conseguir maior taxa de lucro.
Combates que
devem ser reforçados são os da Federalização da Univille e da FURB, com a
participação dos parlamentares petistas em ambos os comitês de luta.
Qualquer ameaça de privatização ou precarização do ensino deve ser
energicamente combatida pelos petistas no executivo e no legislativo. Os
estudantes não podem ser deixados à própria sorte, diante dos barões do
ensino e da impossibilidade do capitalismo em oferecer educação para
todos. Esse é o combate para dar à juventude brasileira perspectivas
concretas de solucionar o abismo que a separa do ensino superior.
Contra a municipalização da educação básica
Municipalizar a
educação básica tem sido uma estratégia dos governos estaduais para se
livrar da responsabilidade de manter esse serviço. Ao passá-lo para os
municípios, quebram a possibilidade de elevar a qualidade da educação
pública e enfraquecem a luta dos professores. Essa tática tem o objetivo
de precarizar seu funcionamento e pulverizar a luta por melhorias
salariais dos trabalhadores. Assim como colocam a educação a mercê do
orçamento das prefeituras, as mais ricas terão melhor educação e as mais
pobres pior, diferenciando a educação nacional e quebrando a igualdade
dentro do país.
Passe livre estudantil
É preciso que a
juventude e os parlamentares petistas de Joinville encampem o combate
pelo passe-livre estudantil e façam valer esse direito essencial para a
qualidade de vida dos jovens. A juventude deve ter acesso à educação,
cultura, arte e lazer. A mobilidade está diretamente relacionada com
isso. O passe-livre estudantil dá a oportunidade de o jovem acessar a
escola, a biblioteca, o teatro, um festival musical ou outro tipo de
lazer. A Constituição Federal garante essa possibilidade e cabe aos
movimentos sociais e aos mandatos petistas serem audaciosos. Em várias
cidades do Brasil, como em Cuiabá, esse direito foi arrancado pela luta e
já é realidade. À luta, companheiros!
Defender empresa pública de transporte coletivo
A luta dos
movimentos sociais, dos parlamentares e prefeito ligados ao PT em
Joinville deve ser a defesa de uma empresa pública de transporte
coletivo, que assuma os serviços e trabalhe pela qualidade do que é
oferecido. Nenhum direito arrancado na questão da mobilidade está
garantido enquanto empresas privadas explorarem o serviço. A propriedade
privada só pensa no lucro e não na qualidade do serviço. A juventude
luta por todo o país contra os reajustes da tarifa e a sede de lucro dos
donos das empresas. A juventude não aceita ter seus direitos na mão de
patrões.
Contra a entrega de serviços públicos a OS
Os
mandatos petistas de Joinville devem combater a sistemática entrega de
serviços públicos a Organizações Sociais, que está sendo promovida pelo
governo do Estado, principalmente na saúde, bem como se posicionar
contrários a estas práticas em âmbito municipal. O repasse de
administrações para OSs significa pagar para que empresas privadas
desempenhem um papel que é de responsabilidade do Estado. Essa prática
aumenta a possibilidade de desvios de verbas e permite a não realização
de concursos públicos, além de atacar a carreira e aposentadoria dos
atuais servidores. Tudo isso a um custo alto, pago com dinheiro da
população. Os mandatários petistas devem denunciar esta situação e
mobilizar a população em defesa de serviço público bem gerido e de
qualidade.
Por governos e mandatos petistas, socialistas e comprometidos com os trabalhadores
Os mandatos do
PT devem servir como ponto de apoio para a organização do povo e correia
de transmissão do mesmo no Legislativo. Seus mandatos devem basear as
ações nas demandas dos movimentos populares e fugir da burocracia do
Estado burguês como o diabo foge da cruz. No 1º de maio de 1979, a Carta
de Princípios do PT dizia que “sua participação [do PT] em eleições e
suas atividades parlamentares se subordinarão a seu objetivo maior, que é
estimular e aprofundar a organização das massas exploradas”. Precisamos
de mandatos em plena ligação com os movimentos sociais e a luta por uma
sociedade socialista. O sistema eleitoral e de governo capitalista é um
meio para mostrar às massas exploradas a podridão desse sistema, mas
sem um cuidado revolucionário também é capaz de corromper e transformar
antigos lutadores do povo em reformistas pró-capitalismo.
Contra a coalizão de classes e alianças com partidos burgueses
Os candidatos
petistas devem ser contrários a qualquer aliança com a classe
capitalista e seus partidos, seus inimigos na luta pela destruição do
regime capitalista. A coalizão de classes tem sido um instrumento
adotado por aqueles que desistiram da construção do socialismo e querem
encontrar caminhos intermediários maquiando o capitalismo. Os patrões
querem domesticar o PT, tirando sua capacidade de luta e de
transformação. A juventude não aceita nenhuma aliança com a burguesia.
Ela quer mandatos petistas independentes da burguesia.
Pelo fim do pagamento da dívida
O combate dos
mandatos petistas não deve ser o de dividir o que sobra da pilhagem da
burguesia internacional, mas de combater a pilhagem em si, explicando a
situação a cada passo. A verdadeira origem dos problemas sociais do
Brasil é o pagamento da dívida pública federal que sangra os cofres
públicos do país e serve para encher os bolsos da burguesia
internacional e seu bando de parasitas capitalistas. Em 2011, 45,5% do
Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida,
foram jogados fora para pagar os juros e amortizações. Essa é uma
estratégia do imperialismo para manter os povos do mundo subordinados e
oprimidos.
Lutar pela destruição do regime capitalista e pela construção do socialismo
Os mandatos
petistas devem ser instrumentos para a organização cada vez maior da
classe. A juventude não esqueceu as origens do PT e sua fidelidade à
luta pelo socialismo. Para os petistas fiéis à classe trabalhadora, seu
partido “buscará apoderar-se do poder político e implantar o governo dos
trabalhadores, baseado nos órgãos de representação criados pelas
próprias massas trabalhadoras com vista a uma primordial democracia
direta” (Carta de Princípios do PT, 1979). O PT surge para lutar por uma
sociedade diferente, não para se adaptar ao sistema político
capitalista. O objetivo da classe trabalhadora é construir sua própria
sociedade por meio de uma revolução socialista que coloque o poder
político e econômico, os destinos da humanidade, em suas próprias mãos.
Fonte: Site JPT Joinville
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