sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ministro Tarso debate segurança pública em Santa Catarina

A preocupação em qualificar a segurança pública no Estado reuniu na noite de quinta-feira (22) em Balneário Camboriú, mais de 500 lideranças políticas, empresarias e comunitárias, que debateram com o Ministro da Justiça, Tarso Genro, as políticas e programas do governo federal para reduzir a violência e a criminalidade nos municípios catarinenses.

O encontro aconteceu no Seminário de Desenvolvimento Regional, realizado pelos mandatos da senadora Ideli Salvatti (PT) e do deputado federal, Cláudio Vignatti (PT) com apoio da Federação dos Conselhos Comunitários de Segurança do Estado de Santa Catarina – Feconseg e a Convenção de Dirigentes Logistas - CDL de Balneário Camboriú.

Tarso disse que o governo federal tem priorizado a implementação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) no enfrentamento à criminalidade no país. O projeto articula políticas de segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social e segurança pública.

Entre os principais eixos do Pronasci destacam-se a valorização dos profissionais de segurança pública; a reestruturação do sistema penitenciário; o combate à corrupção policial e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência. Para o desenvolvimento do Programa, o governo federal investirá R$ 6,707 bilhões até o fim de 2012.

          “Antes os pedidos ao ministério eram para compra de armas, balas, munição, colete e veículos. Existe uma mudança radical no paradigma nacional, que com o  Programa Nacional de Segurança Pública passou a integrar as ações dos governos federal, estadual e municipal. São 93 ações e 30 projetos em execução no país, que priorizam políticas preventivas, formação continuada, financiamento de armamento, treinamento e novos equipamentos. Em Santa Catarina estamos começando a implementar os projetos, mas é preciso avançar”, disse.

No Estado, há programas do governo federal para prevenção de drogas e na formação continuada do efetivo. O ministro afirmou que são 6 mil policiais militares catarinenses integrados a rede de segurança pública recebendo capacitação constante.

Para o deputado Vignatti (PT) a presença do ministro em Balneário Camboriú facilita o entendimento do governo federal em relação às prioridades do Estado em segurança pública. “Nosso Estado tem grande potencial turístico e os turistas que visitam as cidades catarinenses querem segurança. Por isso, a preocupação com a segurança pública, que passa diretamente por ações integradas tanto entre os governos federal, estadual e municipal, quanto na atuação das polícias federal, civil e militar, guarda municipal e policiamento comunitário”, disse.

O deputado defende a unificação da ação policial, melhores condições dos presídios, aparelhamento da polícia e o aumento do salário dos polícias no Estado.

“É preciso votar o projeto que estabelece o piso nacional para a categoria. Nossos polícias precisam ser bem remunerados para defender a sociedade”, disse.

A senadora Ideli Salvatti destacou que não se pode combater a violência apenas com projetos sociais. “Não há como combater a violência apenas com políticas sociais, se não os países desenvolvidos não tinham esse problema. É preciso uma política de segurança pública. Por isso, viemos aqui ouvir o ministro para avançar na segurança pública nos municípios catarinenses”, disse.

Redução da idade prisional

O ministro ouviu as reivindicações dos movimentos sociais e entidades ligadas ao setor, como da Central Única de Favelas - CUFA, que criticou a redução da idade prisional para 16 anos. O ministro Tarso Genro manifestou-se contrário a redução penal. “Só é a favor, quem pensa que se combate a violência e a criminalidade com a repressão. É preciso aumentar as penas alternativas, pensar estruturas de recolocação do jovem na sociedade. Porque hoje 60% dos jovens que estão no sistema prisional voltam para o crime”, alertou.

Defensoria Pública

. Presente no evento, a presidente do PT Estadual, Luci Choinacki, destaca que Tarso ficou surpreso ao saber da não existência de Defensoria Pública em Santa Catarina, e que colocou-se à disposição para ajudar o Estado na implementação. “A defensoria pública é o elemento mínimo de direito de acesso a Justiça”, disse.

Para Luci, é vergonhoso um estado economicamente forte e desenvolvido como Santa Catarina ainda não contar com a Defensoria: “somos o único estado do Brasil a não contar com o ente e quem mais sofre com isso é a população de baixa renda e sem acesso. Por isso, o PT, seus parlamentares e movimentos organizados, continuarão pressionando o Governo do Estado para que crie a tão sonhada Defensoria Pública”, diz.

O encontro reuniu deputados federal e estaduais, policiais, estudantes de Direito, prefeitos e vereadores da região do Médio Vale, representantes dos conselhos de segurança, presidentes de associações de moradores, secretários municipais e empresários.
Fonte: Site PT/SC

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