O
Brasil está na lista de 16 países do mundo que alcançaram o objetivo de
reduzir o número de pessoas que passam fome, informou nesta
quarta-feira, em Roma, a Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e a Alimentação (FAO).
"Armênia,
Brasil, Nigéria e Vietnã conseguiram importantes avanços contra a
fome", disse nesta quarta-feira o diretor da FAO ao apresentar o
relatório, preparado às vésperas da Cúpula Mundial sobre Segurança
Alimentar. O evento, que começa na próxima segunda-feira em Roma,
contará com a participarão de mais de 60 chefes de Estado.
Em
um relatório intitulado "Caminhos para o sucesso", a experiência
brasileira - iniciada em 2003 com o programa "Fome Zero", que conta com a
assessoria da FAO - é relatada como um sucesso.
"O
governo brasileiro mobilizou as autoridades locais e as organizações da
sociedade civil para apoiar a iniciativa, que incluiu a transferência
de renda em dinheiro para aumentar o poder aquisitivo dos pobres, ao
mesmo tempo em que se investiu na agricultura familiar", destaca o
documento.
"Este
enfoque aumentou paralelamente a demanda e o fornecimento, e com isto
todos se beneficiaram", acrescenta, apontando uma notável redução da
desnutrição nos últimos anos.
"Em 1991, 15,8 milhões de brasileiros sofriam de desnutrição. De 2001 a
2005, este número caiu para 12 milhões e a porcentagem de desnutridos
passou de 10 para 6. Além disso, registrou-se a mais impressionante
queda no número de crianças desnutridas", escreve a FAO.
"Em
toda a América Latina, foram registrados enormes progressos na luta
contra a fome, porque foi estabelecido como prioridade alcançar o
objetivo de reduzi-la antes de 2025, como parte da estratégia para o
desenvolvimento. Por isso, toda a região registra cifras positivas neste
sentido", explicou à AFP Kostas Stamoulis, diretor do departamento de
desenvolvimento agrícola e econômico da FAO.
"Além
do Brasil, bons resultados foram alcançados também no México e na
América Central", comentou o especialista. "Em Cuba, foram feitos
enormes progressos, porque mesmo sendo um país pobre tem importantes
redes sociais contra a pobreza", acrescentou.
Vários
chefes de Estado sul-americanos devem comparecer à cúpula, entre eles
Luiz Inácio Lula da Silva. Michelle Bachelet, do Chile, Fernando Lugo,
do Paraguai, e até Hugo Chávez, da Venezuela, também devem ir a Roma.
Fonte: PT/RS
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