segunda-feira, 23 de julho de 2012

Saúde: Por uma cultura de Participação

Aristóteles já dizia que a melhor política é uma vida melhor para todos. Este ensinamento filosófico, que ainda marca os tempos atuais, torna-se complexo ao se deparar com o acordo entre as desigualdades humanas e a relação Sociedade, Estado e Mercado, pois o conflito de interesses individuais e coletivos se polarizam acirradamente. Todavia, é a vida na pólis que o cotidiano histórico da civilização se pauta tanto pela democracia quanto pela participação. Em tese, participar é exercer a cidadania para transformar a sociedade que vivemos. No Brasil a democracia é jovem e ainda está sendo consolidada, o que nos permite, por um lado, compreender que o conceito de participação política está em pleno desenvolvimento e, de outro lado, o quanto a participação pode contribuir com a mudança de uma cultura política, expressa pelos cidadãos nos valores, crenças e atitudes que estes atribuem em relação aos objetos e repertórios políticos. No processo de democratização do acesso à saúde e constituição do SUS, os determinantes do engajamento participativo-representativo em lutas históricas culminaram com a Lei n° 8142/90, que definiu as instâncias colegiadas do SUS - Conferência e Conselho de Saúde. Estas instâncias privilegiam o direito e dever da participação política dos cidadãos. Para o ano de 2011 está previsto a 14ª Conferência Nacional de Saúde, precedida das etapas estaduais e municipais, tem como tema: “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, patrimônio do Povo Brasileiro”. Conferir e Propor diretrizes para a formulação das políticas para o setor Saúde através da lógica da integralidade e intersetorialidade é um dos principais desafios para a participação.  Sabemos que a qualidade da participação é complexa, pois remete para o cidadão a mobilização, vida associativa e partidária. Esse engajamento também revela a concepção-ação ideológica que nos orienta, e não podemos retroceder com a Defesa do SUS Público, Gratuito e de Qualidade. Cada coletivo-cidadão sabe de sua realidade e a devida mudança, portanto não podemos perder este momento da história política da saúde.  A vida parlamentar tem me mostrado que os determinantes da ação participativa deve ir além da identidade militante, pois afinal ser cidadão é participar da vida política da cidade em qualquer modalidade em questão. 

DEPUTADA ESTADUAL ANA PAULA LIMA

Fonte: Site Ana Paula Lima

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