sexta-feira, 6 de julho de 2012

Para Dresch, equívocos na estratégia do Governo do Estado deixam Santa Catarina em situação de paralisia

O líder do PT na Assembleia Legislativa, deputado Dirceu Dresch, voltou a criticar a forma como Santa Catarina vem sendo conduzida e disse que até agora o Governo do Estado não acertou na estratégia de gestão. “O governador Raimundo Colombo continua falando em ‘choque de gestão’".

"Já está no seu segundo ano e ainda fala em conhecer a máquina pública. Até quando? O Estado não pode ser um balcão de negócios”, destacou o deputado na tribuna da Alesc, nesta quarta-feira (20).

Embora a busca por mais eficiência administrativa mereça reconhecimento, diz, os resultados estão demorando a aparecer. “Permanecem os graves problemas na área de saúde e na educação. Na segurança pública vimos um verdadeiro desmonte, as rodovias estaduais esperam por manutenção, os projetos continuam sendo somente projetos”, lamentou.

Dresch foi enfático ao assinalar que enquanto os setores essenciais sobrevivem à míngua, o governo mantém em funcionamento as 36 Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDR’s), que consomem do orçamento anual do Estado cerca de R$ 500 milhões. “É um gasto desnecessário com uma estrutura deficitária, mas que vem servindo de cabide de empregos e de trampolim eleitoral. Basta ver que a maioria dos diretores deixou o cargo para disputar as próximas eleições”, denunciou.

Outro ralo por onde escoa o dinheiro público, diz o líder do PT, são os Fundos Sociais. De acordo com ele, para os mais de 40 fundos são destinados, de forma desordenada, em torno de R$ 200 milhões por ano. “Estes recursos só atendem à promoção política descarada, sem qualquer critério de aplicação, enquanto deveria sustentar uma estratégia de desenvolvimento de projetos sociais e políticas públicas”, defendeu.

O deputado citou outros casos que considera um mau uso do dinheiro público, como as licitações milionárias de serviços de informática, entre outros, que apontam indícios de irregularidades, ou ainda a terceirização de serviços essenciais e o exagero em renúncias fiscais, que chegam perto de 30% do que poderia ser arrecadado.

De acordo com Dresch, o que ameniza a situação em Santa Catarina são os recursos federais injetados na economia local. Com aval do Governo Federal, o Estado vai acessar R$ 3 bilhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para investir em diversas obras. Nos últimos anos, os empréstimos junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e BNDES somam mais de R$ 5 bilhões. “A presidenta Dilma está sendo muito generosa com Santa Catarina, está apoiando grandes investimentos. Mas sem uma definição do Governo do Estado na perspectiva de fortalecimento de uma política pública que atenda às necessidades dos catarinenses, para quê mais dinheiro?”, questiona.


Fonte: Site PT/SC

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