Até
2010, quase quatro milhões de famílias, hoje excluídas de serviços
financeiros, vão ter acesso à rede bancária. O Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Caixa Econômica
Federal lançaram na quarta-feira (28), em Brasília, o Projeto de
Inclusão Bancária dos beneficiários do Programa Bolsa Família.
A
medida vai promover a inclusão de um público que estava fora do mercado
financeiro por vários fatores, como, por exemplo, a inibição ou falta
de documentação (comprovante de renda ou de moradia).
O
Projeto de Inclusão Bancária tem por objetivo aproximar os
beneficiários do Bolsa Família ao Sistema Financeiro Nacional, por meio
da abertura de conta corrente e acesso a outros serviços financeiros
tais como o microcrédito, os microsseguros e a poupança. Além de
facilitar o pagamento do benefício, a iniciativa vai promover uma série
de ações de educação financeira que vão contribuir para que as famílias
do programa possam utilizar os serviços bancários.
Saques e tarifas
Os
beneficiários poderão fazer até quatro saques por mês, sem tarifa. As
contas simplificadas são isentas de taxas e estão sendo abertas com
dados já utilizados no Cadastro Único e mais o CPF, informação exigida
pelo Banco Central. Os correntistas não terão talão de cheque.
Esta iniciativa começou com um projeto-piloto realizado em Belo Horizonte
(MG), em 2008, com a inclusão bancária de quatro mil famílias. A
experiência foi um sucesso. Uma pesquisa realizada pela Caixa mostrou
que 98% dos beneficiários aprovaram a idéia. Eles também demonstraram
não ter dificuldades para utilizar a conta, em função da prática em
lidar com o cartão do Bolsa Família.
Atualmente,
1,95 milhão de famílias do Bolsa Família já possuem conta corrente
simplificada na Caixa. O Bolsa Família atende 12,4 milhões de domicílios
e movimenta não só a renda desses beneficiários, mas a economia local.
Essa parcela da população sempre foi mantida afastada do mercado
financeiro devido às rígidas exigências para abertura de contas e aos
altos custos. Porém, as famílias atendidas pelo programa poupam,
necessitam de empréstimo e outros serviços financeiros. Este projeto,
além da facilitar a vida cotidiana e trazer mais dignidade para as
famílias, poderá ser um grande instrumento para uma maior inclusão
social e ampliação de oportunidades para este público.
Após o evento, o MDS
dá início ao Seminário Bolsa Família e Microfinanças: promovendo o
acesso da população de baixa renda a serviços financeiros. O encontro,
que prossegue até quinta-feira (29) e reúne representantes de governo e
de instituições financeiras, vai estimular o debate sobre produtos
específicos para estes novos correntistas, incluindo ações de educação
financeira.
Fonte: PT Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário