domingo, 17 de junho de 2012

Padre Pedro destaca luta por investimentos em energias alternativas



O investimento em fontes alternativas para produção de energia, na avaliação do deputado Padre Pedro Baldissera, é uma das principais políticas que o Brasil precisa ampliar nos próximos anos. O parlamentar destacou o tema em razão do Dia Mundial Contra a Construção de Hidrelétricas (14 de março). A data motivou centenas de mobilizações em todo mundo, inclusive em Santa Catarina, onde ocorreram duas ocupações pacíficas, no prédio da Eletrosul, em Florianópolis, e no canteiro de obras da Usina Garibaldi, em Abdon Batista.



“Já temos 2 mil barragens no Brasil e outras 1,4 mil com construção prevista. Em Santa Catarina, além de questões ambientais, estas obras causaram prejuízos à vida de milhares de famílias”, disse Padre Pedro, lembrando que o Brasil é apontado com a nação com maior potencial, em todo mundo, para produção de energia a partir de fontes como o sol e o vento. “E ainda há projetos como os biodigestores que, dentro do meio rural, resolvem também um problema ambiental, que é a destinação dos dejetos. Nosso país tem condições de avançar em outras frentes de produção de energia”, afirmou.

Além de uma revisão dos investimentos na produção de energia, o parlamentar ainda considerou fundamental medidas sobre o valor cobrado dos consumidores pela disponibilização do serviço. O país tem uma tarifa das mais caras em todo mundo, no entando, contraditoriamente, as empresas que exploram o segmento estão as que mais lucram.

Pressão por direitos aos atingidos - Padre Pedro considerou as mobilizações dos atingidos por barragens a única saída para pressionar não só para pressionar pela revisão do modelo energético brasileiro, mas principalmente para garantir respeito às famílias atingidas pelas barragens. A visão exclusivamente direcionada ao lucro, por parte dos consórcios que constroem as barragens, foi considerada o principal problema pelo parlamentar.

“São milhares de famílias desalojadas todos os anos. No caso de Abdon Batista a empresa fala em indenização, mas não negocia, não apresenta condições para garantir uma vida digna a quem sai. E quem é prejudicado é o Estado como um todo, que verá aumentar o cinturão de pobreza nas grandes cidades”, complementou.

MAB desocupa canteiro de obras - Os cerca de 500 atingidos acampados desde a madrugada de terça-feira na Usina Hidrelétrica Garibaldi, em Abdon Batista, desocuparam a área na manhã desta quarta-feira (14). Os agricultores transferiram o acampamento para a comunidade Nossa Senhora das Graças, vizinha à obra. O MAB deixará o local somente após um acordo sobre indenizações das terras que serão alagadas pela usina.
Fonte: PT SC

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